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Channel: Escalada Indoor – Casa de Pedra – Aventura por Natureza
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Usando corretamente o GRIGRI

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Desde que o Gri Gri começou a ser usado uns bons 15 anos atrás, já causou muita polêmica. Uns diziam que ele “ensina” de forma errada ou “vicia” o segurador, e que este nunca estará preparado para uma situação extrema de montanha, e principalmente porquê ele não permite o rapel em duas cordas.

No entanto a realidade é que cada vez mais os novos escaladores se especializaram em vias curtas e esportivas. Boa parte dos jovens escaladores pouco vão para vias de múltiplas enfiadas ou rapéis complexos, e a praticidade e a segurança “extra” de sua trava automática, realmente podem fazer a diferença num ambiente mais descontraído. Isso sem falar naqueles que ficam trabalhando vias esportivas por horas e o segurador praticamente dorme na base da via!
Emfim, sempre haverá prós e contras, mas de fato o que importa é que mesmo usando um equipamento que teoricamente minimiza sua margem de erro, que este seja usado da forma adequada.
No ginásio CASA DE PEDRA o Gri Gri é o único equipamento de segurança permitido, logo é muito interessante que todos nossos clientes, amigos e visitantes saibam usar corretamente este equipamento.
A PETZL lançou recentemente o GRI GRI 2, que basicamente é uma versão mais leve e menor do seu antecessor, no entanto seu funcionamento é exatamente o mesmo. Neste vídeo podemos ter uma boa noção do funcionamento do aparelho, bem como dicas importantes de utilização.
CLIMB SAFE!


Casa de Pedra’s Fan Page on Facebook!

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Até que me considero antenado com as tecnologias, comunidades sociais, etc. mas as vezes algum detalhe fica pra trás… No Facebook eu havia criado um perfil Casa de Pedra e alguns meses depois fui alertados por amigos que a pessoa jurídica deveria ter uma Casa de Pedra’s Fan Page ao invés de um perfil comum de usuário. Mas enfim, não sou expert nisso e criei a tal da página, onde pretendo aos poucos colocar desde fotos históricas da Casa de Pedra, como eventos, dicas, promoções e muitas outras informações pertinentes aos nossos clientes e amigos, usuários do ginásio.

André Berezoski guiando no teto maior da Casa de Pedra em Perdizes.

Se você tem um perfil no Facebook, está então convidado a “curtir / like” a Casa de Pedra, e a seguir conosco um pouco da história que o ginásio escreveu e ainda escreverá na comunidade de escalada desse nosso Brasil!

Fotos do ginásio em Perdizes – FOTOS

Seja bem vindo!

Alê Silva.


RANKING CASA DE PEDRA 2012

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RANKING CASA DE PEDRA 2012 acontece de março a novembro.

OBJETIVO:

-   Fomentar a escalada de competição e incentivar o treino dos alunos da Casa de Pedra.

-   Introduzir os novos alunos à escalada de competição.

-   Criar um ranking único, onde cada um poderá visualizar sua própria evolução e frente aos colegas.

-   Integrar e fortalecer a união entre os alunos da Casa de Pedra.

 REGULAMENTO:

-   Serão montadas 5 vias de graduação e pontuação progressiva, onde a primeira agarra da primeira via valerá 1 ponto, e as agarras seguintes: 2 pontos, 3 pontos, 4 pontos e assim sucessivamente até que a última agarra da quinta via terá a pontuação máxima.

-   A primeira via será de 5º grau e realizada em toprope. A segunda via de 6º grau também em toprope. A terceira, quarta e quinta via terão graduação de 7º, 8º e 9º grau respectivamente e serão todas guiadas.

-   Independentemente do nível do participante, todos devem obrigatoriamente começar a escalada na primeira via de 5º grau. Se completada a via, este deve passar para a via seguinte e assim sucessivamente, ou até cair.

-   Não há tempo mínimo ou máximo de descanso entre as vias, porém caso o participante escale todas as vias, deve fazê-lo num único dia. Nenhum participante poderá escalar depois do horário de funcionamento do ginásio, portanto programe-se.

-   A escalada será interrompida assim que o participante cair num determinado ponto. Observa-se então a pontuação da última agarra dominada para que seja determinado o resultado final.

-   As vias do Ranking Casa de Pedra 2012 estarão devidamente identificadas na parede, bem como cada agarra terá sua pontuação marcada na fita colorida logo ao lado. A pontuação do participante será a marcada na fita imediatamente ao lado da última agarra alcançada durante a escalada.

-   Para efeito de classificação, só será considerada a pontuação de agarra “DOMINADA”, ou seja, aquela que o participante a segurou por pelo menos 3 segundos. Não pontuam agarras tocadas, mesmo que na parte boa da “pega”.

-   A pontuação final resultará do julgamento tanto do participante, como do segurador ou instrutor da Casa de Pedra que observa a escalada.

-   Não há segunda chance. A escalada de competição deve ser feita apenas “on sight”, ou seja, na primeira tentativa.

-   Não haverá area de isolamento.

-   Faltas como: pisar ou segurar em agarras que não são as da via em questão, apoio em bordas, diedros, chapeletas ou costuras, ou qualquer outro caso de falta, interromperão imediatamente a escalada e a pontuação considerada será a da última agarra em posição válida.

-   No caso de faltas da organização como: agarras rodando, corda de segurança travada, ou qualquer outro motivo de interrupção por parte da organização, o escalador terá uma segunda chance após corrigido o problema.

-   Nenhum participante poderá escalar nas paredes onde estejam montadas quaisquer uma das vias do Ranking. Caso um aluno seja pego “treinando” ou “testando” uma via do ranking, mesmo que apenas um lance isolado, este ficará impossibilitado de participar de qualquer uma das etapas até o final do ano. Por favor, sejam HONESTOS com a organização e com seus colegas!

COMO PARTICIPAR:

-   Para alunos da Casa de Pedra (matriculados e com planos ativo) não há custo de inscrição. Os participantes devem se apresentar a um dos instrutores e este fará sua segurança ou indicará alguém que a faça, e observará a escalada.

-   Depois de concluída a escalada o instrutor marcará o nome e pontuação atingida pelo participante em ficha apropriada. O participante deve assinar sua ficha, a qual será encaminhada a direção para tabulação dos resultados.

-   Semanalmente o Ranking será atualizado e divulgado no mural da Casa de Pedra. Atualizações diárias podem ser postadas na página da Casa de Pedra no FACEBOOK.

-   Não alunos da Casa de Pedra podem participar do ranking porém devem impreterivelmente pagar a diária de escalada. Não alunos NÃO ESTARÃO CONCORRENDO a prêmios e/ou sorteios que por ventura forem realizados ou oferecidos aos participantes.

QUANDO:

-   MARÇO, JUNHO, SETEMBRO e NOVEMBRO: As vias serão montadas por nosso routsetter André “Belê” Berezoski sempre na primeira segunda e terça feira do mês e podem ser escaladas até o dia 15, durante o horário de funcionamento do ginásio.

-   Não deixe para escalar nos últimos dias nem chegue próximo ao horário de fechamento do ginásio. EVITE OS FINS DE SEMANA!

-   Para organizar e distribuir de forma mais adequada os participantes, criaremos uma agenda de dias e horários de escalada, que estará a disposição na recepção ou com um de nossos instrutores. Programe-se de acordo com a sua disponibilidade.

INICIANTES: 

Se você está apenas começando e mal dá seus primeiros passos na parede, não se sinta acanhado. É justamente em você que pensamos ao definer as regras do ranking.

Não há custo de inscrição, nem isolamento, nem regras complexas. Apenas escolha um dia e horário de sua preferência de dê o seu máximo. Queremos acompanhar a sua evolução ao longo do ano, e ajudá-lo no que for possível para que a sua escalada seja mais prazerosa!   Boas escaladas,

 Alê Silva e equipe Casa de Pedra.


WORKSHOP GRATUÍTO – Movimentação básica na escalada indoor

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Escalada indoor na Casa de Pedra

Quem deve participar?  Todos os alunos novos, iniciantes, ou àqueles que queiram aprimorar as técnicas básicas de movimentação na escalada.

Quando?  Quarta feira 29/02 / Horário: 20:00hs.

Quanto? GRATUITO a todos os alunos da Casa de Pedra.

O que será abordado? Utilização correta e eficiente dos pés + posicionamento estável + movimentação natural e equilibrada  = Escale melhor fazendo menos força!

Instrutor:  Alê Silva (Multi-esportista e amante das atividades ao ar livre, Alê Silva é proprietário da Casa de Pedra. Foi campeão paulista de escalada em 1996 e brasileiro, na modalidade velocidade, em 1997. Já escalou em países como França, Espanha, Itália, Bolívia, Chile, Peru, Argentina, Nepal, EUA e Canadá.  Abriu vias em rocha, como a Superman (9c), no Bauzinho e Bagulho Ignorante (9b), na Pedra do Baú, dentre tantas outras. Atualmente dá cursos e escreve matérias e colunas para mídias do segmento outdoor (alesilva@casadepedra.com.br ).

Vagas limitadas – Reserver com antecedência na recepção do ginásio.


RESULTADO 1º ETAPA DO RANKING CASA DE PEDRA

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Finalizada neste último fim de semana, a primeira etapa do Ranking Casa de Pedra foi um grande sucesso entre os participantes. Apesar do número já expressivo de 95 participantes, tenho certeza que ainda temos espaço para muito mais, e conto com a presença de todos na próxima etapa que acontece em junho!

Muitos alunos iniciantes ficaram com “medo” das vias, ou se sentiram inseguros para participar, não se achando ainda aptos para isso. Pois é justamente neste ponto que gostaria de reforçar, que nas próximas etapas TODOS participem. Não importa se você começou a escalar ontem ou se faz apenas 4º grau… O importante é criar o hábito da via on-sight, acostumar-se com a pressão desta única tentativa, onde você  poderá medir a sua própria evolução.

Deixe a “competição” propriamente dita para o pessoal lá de cima da lista  :-))

De qualquer forma quero agradecer a todos os envolvidos. Ao Belê que montou via excelentes e a todos os participantes, especialmente ao Adérito, nosso campeão da etapa e a coragem do Victor Coluti, que mesmo em último lugar teve a coragem de participar.

Bons treinos e até a próxima etapa! Confira AQUI mais informações sobre o Ranking Casa de Pedra.

RESULTADO 1º ETAPA RANKING CASA DE PEDRA 2012

Posição Nome Pontuação
1 Adérito Costa 110,5
2 Rafael Veloso Furtado 104,5
3 Pedro Campos 102
4 Lucas M. C. 100
5 Luiz Afonso Brinco 99
5 Frank Fukunari 99
7 Alexandre Rajagopalan 98,5
7 Thais Makino 98,5
9 Octávio Bernardes 95
10 Ivan Sales Santos 87
10 Anna Shaw 87
10 Marcelo A. Carvalho 87
13 Filipe Fernandes Ferreira 86
13 Goro Shiraiwa 86
15 André Maeda 84,5
15 Guilherme Aduan Silvano 84,5
17 Gustavo R Carreira 83,5
18 Daniel Cecco 81,5
18 Vagner Tastechi 81,5
20 Lucas Rocha 81
21 André Hideto 80,5
22 Claudio Robinson Tapié 80
23 Gabriella T. Lundholm 79,5
24 Mariela Velloso 79
25 Marcelo M. R. Pinheiro 78,5
26 Hugo Yamamoto 78
26 Marco Aurélio Nalon 87
26 Ana Luísa Makino 87
29 Rubens Antunes 77,5
29 Betina M. Souza 77,5
29 Juliana T. Lundholm 77,5
32 Fabio Neves Andrade 77
32 Michel de Castro Moraes 77
32 Paulo Koj Hino 77
32 Jonas Pereira da Silva 77
36 Andre Cassolini 76,5
36 Ricardo Leizer 76,5
36 Jefferson Su 76,5
39 Lucas Motoshima 76
40 Estela Yura Yamamoto 75,5
41 Evandro Mendes Goulart 74,5
41 Cristiane Evelin 74,5
43 Marilin Novak 73,5
44 Carlito Perez 56,5
45 Edu Tiozão 42,5
45 Vander Orsi 42,5
45 Fernando Fontinelle D’Império 42,5
48 Felipe de Oliveira Lima 42
48 Sun Yoring Lee 42
50 Rafael Aragão Cajado 41,5
50 Lucca Ribeiro Fernandes 41,5
50 Bruno Carvalho Pgima 41,5
53 Rodrigo Audi 40
54 Marson Cunha 39,5
55 Fernando Isamo 38,5
56 Netto Schimansky 36,5
56 Pedro Ferraz de Oliveira Lima 36,5
56 Leonardo Loloselli Garcez 36,5
56 Fabio Teressani Aubin 36,5
56 Marcel Tadeu 36,5
56 Ian Costa A. Munoz 36,5
62 Mieko Rose Makino 36
62 Claudio Patto 36
64 Marcelo Diniz Schwab 35,5
64 Giovani Seno 35,5
64 André Ribeiro Souto 35,5
64 Rafael Borges 35,5
64 Eduardo S. Campelo 35,5
64 Roger Gaillano 35,5
64 João Lee 35,5
64 Luis Mazzoni 35,5
64 Monnier Laurrent 35,5
73 Ricardo Serafim 35
73 Thiago Lopes 35
73 Nilson Octaviani 35
76 Francisco Augusto Galucci 34,5
76 José Miguel Rocha 34,5
76 Willian P. Vichete 34,5
76 Admar Concon Neto 34,5
76 André Castilho F da Costa 34,5
81 Dannyelle Ferreira Farias 34
81 Fabio Alexandre Caçador 34
83 Kauê Sucena 33,5
83 Renato Diniz Marigo 33,5
85 Mateus Brandão de Pontes 33
85 Alvaro de Carvalho Neto 33
87 Thiago Pavel Arrojado 31,5
88 Luciana Melo 28,5
89 Tatiana Pedrosa Costa 27,5
89 Claudia Daibert 27,5
91 Amanda Osborn 26,5
91 Halmilton Junqueira 26,5
93 Guilherme M. Corrêa 20,5
94 Gabriela S. F. Teixeira 10,5
95 Victor Coluti 7,5

Definindo o MONTANHISMO por um apaixonado

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Acampamento rumo ao Baruntse (7129m) no Nepal.

Toda vez que alguém me pergunta se pratico regularmente algum esporte, reluto em dizer que sou escalador… Posso até dizer que nado, corro e ando de bike, o que faço até que com bastante frequência, e já me caracterizaria como esportista.

Mas com a escalada é diferente. Não sei explicar bem o porquê, mas nestes quase 20 anos subindo montanhas pelo mundo afora ainda não achei a forma de encaixar o montanhismo como prática esportiva, e vou explicar…

Geralmente amigos (não escaladores) ou simplesmente pessoas que encontro em palestras ou eventos tendem a confundir o montanhismo de forma geral. Uns o chamam de Alpinismo, outros de Escalada, outros simplesmente acham que subimos com picaretas e sapatos de prego em qualquer morro por aí.

A imagem é até compreensível, uma vez que o montanhismo aparece em desenhos animados ou filmes de Hollywood de forma sempre bem caricata, sem qualquer representação da verdade pela qual nós montanhistas passamos.

Entenda o montanhismo como CICLISMO. É o nome genérico que abrange todas as “subcategorias” ou “modalidades”. No caso do ciclismo: o Mountain Bike, Speed, Free Style, Contra-relógio, bici-cross, etc. No montanhismo: escalada esportiva, clássica, boulder, artificial, indoor, gelo, mista, alpina, solo, ou alta montanha. Cada uma desta subdivisões do Montanhismo possui praticantes com perfis distintos, envolvem riscos e equipamentos que podem variar completamente, e podem durar de poucos minutos até meses, além de terem dificuldades físicas e psicológicas completamente diferentes.

Para realmente entender o montanhismo é preciso praticá-lo. Só explicar em palavras o prazer de chegar ao cume de uma montanha ou ao topo de uma parede rochosa, depois de tanta dor, força e sacrifício é realmente difícil.

Quando eu digo que o montanhismo é um “esporte” diferente, digo “esporte” simplesmente pela falta de uma palavra que o defina. Muitas vezes nem acho que esporte seja realmente a melhor definição da atividade:

- Esporte tem regras. Montanhismo tem ética.

- Esporte tem quadra, pista, campo, raia. Montanhismo tem o mundo a ser descoberto.

- Esporte tem plateia. Montanhismo tem a natureza ao seu redor.

- Esporte tem adversário. No montanhismo seu maior adversário é você mesmo.

Montanhismo não se pratica, se vive. Você começa a viver o montanhismo ainda em casa ou no trabalho, programando a próxima viagem ou expedição. Em seguida você treina e planeja a estratégia por dias, semanas, as vezes por meses. E então você desfruta lugares remotos, conhece novas culturas, e por fim escala em lindas paisagens numa completa harmonia com a natureza ao seu redor, em busca de auto-superação e conhecimento do seu corpo e limite.

E como se tudo isso já não fosse o bastante, no montanhismo ainda temos a adrenalina! Para mim apenas um detalhe que nos faz dormir melhor no fim do dia, como se fosse um bônus. Mas como disse certa vez um grande amigo – Ao contrário de um salto de paraquedas, de uma descida de snowboard ou de um salto de bungee-jump, na escalada a adrenalina não é injetada de uma só vez, ela goteja pouco a pouco durante horas, nos mantendo atentos e alertas a qualquer risco, nos mantendo vivos na parede. Se existe um esporte o qual eu faria um paralelo com o montanhismo, talvez seja o surfe de ondas gigantes. Em ambos o praticante está em busca de novos desafios, em contato com uma natureza exuberante, tentando vencer o seu medo e o desafio do mar e montanhas. Basta respeitar a natureza e seus próprios limites para ser um vitorioso. Mas destrinchando então um pouco desta salada que é o Montanhismo, aqui vão algumas das principais modalidades, se é que podemos assim definí-las:

Janine Cardoso em Butter Milk, Califórnia.

BOULDER – É a escalada de pequenos blocos de pedra, normalmente de não mais que 5 metros de altura, protegida apenas de um pequeno colchão chamado de CRASH PAD para amortecer suas quedas. Se praticado com um parceiro, este pode fazer a sua “segurança de corpo”, lhe auxiliando a cair corretamente neste colchão. Geralmente são escaladas curtas e bem extenuantes, com movimentos difíceis e precisos. É uma modalidade muito praticada por escaladores

mais jovens. Equipamentos usados – Um par de sapatilhas, carbonado de magnésio para secar as mãos, crash pad para segurança.

Alê Cardoso na via Bagulho Ignorante 9c, Pedra do Baú. SP

ESCALADA ESPORTIVA – São escaladas curtas, variam entre 15 a 50 metros, porém já se faz necessário o uso de equipamentos de proteção como cordas, cadeirinhas e mosquetões. Busca-se sempre a maior dificuldade na progressão, com paredes bastante inclinadas, negativos ou tetos. Geralmente são vias bem protegidas onde há possibilidade de pequenas quedas mas que não ponham em grande risco o praticante. A escalada esportiva também pode ser praticada INDOOR, ou seja, em academias onde as paredes e vias de escalada são construídas para representar as dificuldades encontradas na natureza. A escalada indoor é sem dúvida alguma a melhore mais segura opção de entrada no montanhismo.

Alê Silva guiando no Bauzinho, SP.

ESCALADA CLÁSSICA ou TRADICIONAL – São escaladas mais longas, geralmente entre 100 e 400 metros, onde pode-se gastar de algumas horas até um dia inteiro. O grau de exposição ao risco já é maior  e os escaladores devem ser bem mais experientes. O perfil do escalador clássico já é um pouco mais velho e o desafio deixa de ser apenas físico e passa a ser mais mental. A graduação de dificuldade deixa de ser o foco na escalada.

BIG WALL / ARTIFICIAL – A escalada em BIG WALL, como o próprio nome diz, é a de grandes paredes. Pode chegar a 800, 1500m de altura. Sua duração vai de pouco mais de um dia até 3 ou 4 facilmente. Envolve uma logística complexa de auto-suficiência na parede, como dormir e cozinhar. Geralmente no Big Wall usa-se também uma técnica chamada de ESCALADA ARTIFICIA L, ou seja, o escalador ao invés de usar as mãos e pés direto nas saliências e fendas da rocha para progressão, pode usar também ganchos e pequenas peças metálicas para se fixar e seguir na parede. A quantidade e variedade de equipamentos utilizados no BIG WALL é sem dúvida uma das maiores.

Escalada nas paredes de gelo do Colorado, EUA.

ESCALADA EM GELO – A escalada em gelo como o próprio nome diz não é feita mais diretamente sobre a rocha e sim sobre o gelo. Ela aproxima-se mais da escalada clássica quanto ao perfil do praticante e grau de exposição ao risco. É a escalada onde usa-se as tais picaretas e pregos nos sapatos, tantas vezes caracterizadas em desenhos e filmes. As picaretas são chamados de Piolets e os pregos nas botas de Crampons.

Cymbá e Leiser a caminho do Pisco, Peru.

ALTA MONTANHA – Alta montanha são realmente as grandes expedições para picos nevados normalmente acima de 5000m de altitude, culminando no ponto máximo de 8848m do Mt.Everest. Na escalada de alta montanha o montanhista deve preferencialmente ter experiência em todas as modalidades anteriores, para saber lidar com trechos de rocha e gelo. Deve também ter grande domínio psicológico, além de resistência física e emocional. Na alta montanha estão os montanhistas mais velhos e experientes, onde a capacidade de lidar com situações adversas e a perseverança na busca de seus objetivos sobressaem à força muscular dos mais jovens.

Alê Silva escalando na Casa de Pedra.

Se você se interessou pela escalada, a melhor forma de começar com segurança é procurar uma academia. Além de receber instrução dos procedimentos básicos, você poderá locar todo seu equipamentos e terá acompanhamento de monitores especializados. Em São Paulo, a Casa de Pedra no bairro de Perdizes, é sem dúvida a melhor opção para que você dê seus primeiros passos com toda a segurança necessária: www.casadepedra.com.br/escalada

Be safe, be Cool… Alê Silva.

Alexandre Silva, 38 anos, é montanhista e proprietário da Casa de Pedra. Iniciou suas atividades de montanha em agosto de 1993 enquanto cursava Arquitetura e Urbanismo na FAUUSP. Foi campeão paulista de escalada em 1996 e brasileiro, na modalidade velocidade, em 1997. Já escalou em países como França, Espanha, Itália, Bolívia, Peru, Chile, Argentina, Nepal, EUA e Canadá, e abriu novas vias de escalada em rocha, principalmente no estado de São Paulo. Atualmente dá cursos, workshops e escreve matérias e colunas para mídias do segmento outdoor. alesilva@casadepedra.com.br


Vídeo CP@NIGHT 2012

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Olha aí galera o vídeo do evento desta última quinta feira! Agradeçemos a todos os amigos que curtiram conosco essa VIBE! Grande abraço e boas escaladas. Alê Silva


CONCURSO CAMISETA CASA DE PEDRA

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A CASA DE PEDRA está lançando um concurso para criação de uma camiseta que a represente juntos aos clientes e amigos escaladores.

A camiseta, que deve ter a escalada indoor no ginásio Casa de Pedra como tema, ficará disponível como souvenir por prazo indeterminado na loja da academia e também na loja on-line.
Técnica e criação são livres, contudo serão levados em consideração a facilidade e leitura para aplicação em tecido.
A imagem deve ser obrigatoriamente aplicada nas costas da camiseta com ou sem composição com o logo da Casa de Pedra.
As imagens criadas devem ser postadas exclusivamente na TIMELINE da Casa de Pedra no FACEBOOK. As mesmas serão transferidas para uma galeria específica de fotos “CONCURSO CAMISETA CASA DE PEDRA” e ficarão lá para que todos nossos amigos possam dar “LIKES” na sua camiseta preferida.
No início do mês de Julho 2012, o desenho com o com maior números de “LIKE” ganhará o concurso e será utilizado para produção das camisetas*.
O vencedor da promoção ganhará um vale de R$500,00** para compra de produtos e/ou serviços na loja da CASA DE PEDRA, ou Ginásio de Escalada.
Boa sorte, muita criatividade a todos e boas escaladas!
Alê Silva e Equipe.
* A Casa de Pedra reserva-se ao direito de não escolher qualquer dos trabalhos expostos, caso nenhuma das artes atinja os critérios mínimos de beleza, plasticidade e aplicabilidade nas camisetas.
** O valor de R$500,00 deve ser gasto integralmente numa única compra, em produtos ou serviços da Casa de Pedra, no prazo máximo de 90 dias das data de divulgação do vencedor.


Site do ginásio CASA DE PEDRA em novo endereço!

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Conciliar informações tão diversas como as de um ginásio de escalada e uma loja virtual de equipamentos num mesmo endereço sempre foi um desafio, e por muitas vezes confundia nossos clientes.

Em agosto deste ano demos início a operação da loja virtual da Casa de Pedra em uma nova plataforma, e por razões técnicas acabamos “despejando” de vez o ginásio deste endereço.

Por fim, hoje o novo site do ginásio Casa de Pedra pode ser acessado no endereço:  www.escaladaindoor.com.br onde você  encontrará informações, horários de funcionamento, equipamentos necessários, como começar, preços e muito mais!

Bom passeio, boas escaldas!


Ginásio de escalada, um vilão disfarçado!

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Foto clássica de John Long no Yosemite na década de 70.

Foto clássica de John Long no Yosemite na década de 70.

Quem aqui já ouviu falar no John Long?

John Long fez a primeira ascensão da via The Nose em apenas um dia, no meio da década de 70.

Fez a primeira ascensão em livre da via Astroman (5.11c) junto do Ron Kauk e John Bachar, outras duas lendas da escalada mundial.

É um dos autores mais reconhecidos no mundo com mais de 40 livros publicados e mais de 2milhões de cópias vendidas, dentre elas a famosa série How to Rock Climb, além de um dos Editores da revista Rock and Ice.

Pois é, essa lenda viva da escalada mundial sofreu um acidente sério dentro da academia Rockreation em Los Angeles, no último dia 29 de novembro de 2012.

Caiu de mais de 10 metros e teve múltiplas fraturas das pernas e tornozelo. Fará uma terceira cirurgia para colocar mais algumas placas mas segundo os médicos voltará a andar novamente.

Segundo suas próprias palavras:  “Eu fui escalar depois de um dia estressante de trabalho estava cansado e distraído, e ao fazer o nó (lais de guia), passei a corda pelos loops da cadeirinha, mas não terminei o nó corretamente.

Quem aqui não se vê exatamente nessa situação quando escala em um ginásio após um longo dia de trabalho?

Mas se uma lenda viva como o John Long errou, como eu faço para não errar também?

Bom, antes de mais nada, esse episódio nos mostra como um ambiente de academia, aparentemente mais seguro, pode ser tão, ou mais perigoso que qualquer outro de escalada em rocha.

Primeiro livro da famosa série “How to Rock Climb”, uma das melhores literaturas técnicas para iniciantes.

O primeiro ponto para evitar acidentes é ter a consciência, de que eles podem acontecer naquela sua escaladinha despretensiosa do dia a dia no ginásio.

E depois, o que fazer?

Segurança é questão de procedimento, repetição, treinamento: Um piloto não aciona os motores de um avião sem fazer, no mínimo um check visual e um check de instrumentos, seja num monomotor de aeroclube ou num grande avião de carreira.

Então porquê na escalada seria diferente?

1      – Todos os “checks” de segurança devem ser feitos em seu próprio equipamento, e no de seu parceiro!

Não se acanhe com o quanto seu parceiro é mais experiente que você ou tenha 20 anos de escalada nas costas. Cheque o equipamento dele; se ele montar um freio errado, quem cai é você!

2      – Confira se os loops das pernas de sua cadeirinha não estão torcidos. Confira se as fitas das pernas e cintura estão corretamente ajustadas e principalmente se as fivelas estão fechada corretamente.  Muita atenção às cadeirinhas com sistema de fivelas clássica (a fita deve ir e voltar pela fivela, double buck).

3      – NO TOP ROPE – Confira se o freio está montado corretamente,  se está preso ao LOOP da cadeirinha e se o mosquetão está devidamente travado.  O escalador deve ter os dois mosquetões presos ao loop da cadeirinha com os gatilhos virados para lados opostos. O segurador deve conferir se o mosquetão está devidamente travado e conectado corretamente ao LOOP da cadeirinha.

Antes de começar a escalada, confira se você está preso à corda correta para a via pretendida, e se a mesma não está torcida.

4      -  NA PAREDE DE GUIAR – Confira sempre o comprimento total da via e se sua corda é suficiente para completa-la, com folga o suficiente para baixa-lo novamente ao chão.

5      – Sempre na escalada guiada, tanto o escalador como o segurador devem se encordar, ou pelo menos devem dar um nó na outra extremidade da corda. Não importa se você vai escalar uma via de 15 metros e sua corda tem 70m. Crie o hábito de dar um nó na ponta da corda. Lembre-se que segurança é questão de procedimento, o que você faz no ginásio fará também na rocha.

6      – Escalador: ao começar um nó, faça-o até o final. Nunca pare para conversar ou atenda o celular enquanto realiza este procedimento. Passe a corda sempre nos dois pontos da cadeirinha: alça de pernas e alça de cintura. Utilize somente o nó do oito duplo. Segurador: confira o nó de seu parceiro!

7      – Segurador: confira a montagem correta do grigri. Escalador: confira a montagem correta do grigri. Sugestão: dê um puxão forte na corda e veja se ela trava, antes de iniciar a escalada.

8      -  Segurador: Avise seu parceiro: Segurança pronta!

9      – Escalador: Comunique seu parceiro: Escalando!

SEGURANÇA NUNCA É DE MAIS…

Boas escaladas!

Alê Silva.


Apenas mais uma noite na Casa de Pedra…

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Imagens gravadas com meu celular nessa última quinta feira (17/01/2013) da galera treinando na Casa de Pedra!

Saiba mais sobre o ginásio de escalada no site: www.escaladaindoor.com.br


Como construir sua parede em casa!

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Noite de estréia da minha paredinha!

Noite de estréia da minha paredinha!

Já faz mais de 15 anos, desde a inauguração da Casa de Pedra, e posso dizer tranquilamente que pelo menos duas vezes por mês chega ao meu email alguma dúvida referente a construção de paredes de escalada, o que geralmente é bem difícil de responder…

Não que exista qualquer tecnologia inovadora ou segredo na construção de paredes, mas sempre tem uma manhazinha aqui e ali pra facilitar as coisas, no entanto basicamente o sistema construtivo é muito simples.

De qualquer forma, neste último fim de semana, durante a construção da minha própria parede em casa, resolvi de uma vez por todas colocar isso no papel e divulgar, quem sabe assim, boa parte das principais dúvidas já acabem por aqui.

Antes de mais nada e já respondendo a primeira dúvida dos amigos… Mas você tem a Casa de Pedra inteira pra você, pra quê montar uma parede em casa?

Bom, esse é o típico exemplo de que os ditos populares são a mais pura verdade! “Em casa de ferreiro, espeto de pau”. Na verdade o ginásio fica a 20 km de casa e pra mim é muito difícil, depois do horário comercial, atravessar a cidade para escalar. Além do grande tempo perdido, esse é justamente o momento que vou curtir os filhos antes de colocá-los na cama.

Mas vamos a construção da parede…

1º passo – Perguntas essenciais antes de construir sua própria parede de escalada.

Qual o espaço disponível?

Não é preciso um grande espaço para montar uma parede bem legal em casa. Maior não quer dizer melhor!

Muitas das pessoas que me procuram para tirar dúvidas sobre paredes, geralmente começam dizendo que moram num sobrado, e que tem um parede alta nos fundos, blá blá blá.

Gente, entenda que “parede alta” é igual necessidade de segurança, equipamentos, cordas e principalmente uma segunda pessoa para te dar segurança. E você vai querer treinar sozinho, não vai?

Uma parede em casa nunca será um ginásio de escalada, se você construir uma parede enorme acabará com um “elefante branco” no quintal, que não te servirá pra nada.

Além disso você gastará muito mais dinheiro do que num pequeno boulder, que é bem mais útil.

1) Quanto vou gastar na parede?

Fazer um orçamento é fundamental pra não ter surpresas no meio do caminho e é bem simples de fazer. Com base no seu espaço disponível dá pra orçar de forma bem aproximada o custo real: chapas de madeira, porcas agarras, parafusos, pregos, estrutura (metálica ou madeira), verniz, tinta, etc.

Eu geralmente digo para que não coloquem as “agarras” neste orçamento. Vou explicar porquê. As agarras são de longe o material mais caro de uma parede de escalada e podem facilmente, num pequeno boulder, multiplicar por 10 o custo total da parede. Sim, dá pra gastar mil na parede e 10 mil em agarras.

Portanto, construa sua parede em etapas: orce os materiais, chame os amigos e construa a parede em si. Com o passar dos meses vá aos poucos acrescentando novas agarras. Uma parede de boulder boa vai consumir pelo menos 30 agarras num único metro quadrado. Neste ponto a conta é simples, quanto mais melhor.

Quanto mais agarras, mais possibilidades de criar movimentos, séries e travessias do tipo ida e volta, sem ficar “repetindo movimentos”.

2) Que tipo de treino vou realizar na parede?

Essa pergunta é especialmente importante pois determinará o perfil da sua parede. Se você vai “brincar” na parede, se ela for feita para crianças, ou se você for extremamente iniciante, talvez uma parede mais reta seja uma boa opção; mas eu sinceramente te desencorajo a construir nesses moldes.

Primeiro porquê você não será iniciante por muito tempo, e segundo pois num espaço limitado só um bom negativo lhe dará a força e resistência que você precisa para suas escaladas na rocha.

2º passo – Definindo o projeto.

Menos é mais!

Não viaje em desenhos complexos, cheios de arestas, tetos e múltiplas faces. Além de muito mais trabalhoso, um boulder cheio de feições desperdiçará muito mais material, encarecendo sua construção. A área útil para fixar as agarras também é drasticamente reduzida, pois geralmente perto das bordas fica difícil de colocar porcas agarras por causa da estrutura.

Pense em planos grandes e contínuos, aproveitando toda a extensão da chapa de madeira (2,20 x 1,60m). Se você tem pouco espaço e puder fazer uma parede basculante do tipo “system wall”, então perfeito. Caso contrário tente montar um boulder com variações de inclinação. Ao invés de um boulder alto, onde você terá que investir muito mais em colchões, dê preferência a um boulder mais baixo, mas com boa extensão lateral.

Um projeto muito interessante para quem tem um corredor lateral de casa livre, é fazer um “rodapé” de aproximadamente 55cm (uma chapa de 2,20 x 1,60m cortada em 4 partes), e em cima de cada uma dessas chapas uma outra inteira variando as inclinações de 15º a 45º no máximo. Ou seja, em 6,4m de largura por pouco mais de 2,5m de altura você tem uma excelente ferramenta de treino.

Não exagere na inclinação da sua parede, inclinações com mais de 45º pouco lhe acrescentam tecnicamente. Uma negativo extenso de 25º de inclinação já é mais que suficiente para um treino bombástico para os braços, sem “crescer” muito pra cima do corredor.

Estrutura bem limpa em vigas (5 x 15cm) e caibros (5 x 5cm) de madeira. Uma solução barata e simples de trabalhar.

Estrutura bem limpa em vigas (5 x 15cm) e caibros (5 x 5cm) de madeira. Uma solução barata e simples de trabalhar, que também deram continuidade  visual ao telhado.

3º passo – A estrutura.

A estrutura pode ser feita em madeira, nos moldes de uma estrutura de telhado: vigas e caibros por trás das chapas, que serão parafusadas aos mesmos com parafusos de rosca soberba. Claro que devido ao grande peso das chapas, agarras e depois você pendurado em baixo disso tudo, é sempre bom colocar parafusos grandes, que passem pelo menos uns 3 cm da chapa de madeira, e em grande quantidade. Eu diria pelo menos um parafuso a cada 30cm por todo o perímetro da chapa.

Se sua estrutura for de ferro, antes de mais nada convide aquele amigo que “sabe o que está fazendo” com uma boa máquina de solda. Nas paredes mais simples e panos maiores geralmente barras U de 2 e 1/2” são mais que suficientes. A medida que os desenhos ficam mais complexos, com variações de ângulo e planos menores, opte por cantoneiras de 1 e 1/4”.

Quanto a estrutura, claro que deve existir um bom senso, paredes baixas e simples são visualmente fáceis de julgar se a estrutura está firme, geralmente tendemos a superdimensionar essas estruturas. Se você for montar algo mais complexo e grande, convém convidar aquele seu tio engenheiro pra dar uns palpites!

Riscando uma trama de 18 x 18cm para realizar os furos para porcas agarras.

Riscando uma trama de 18 x 18cm para realizar os furos para porcas agarras.

4º passo – Montagem.

Com uma trena, régua metálica grande e lápis, risque nas chapas ainda inteiras, uma trama de 15 x 15cm, 18 x 18cm (melhor opção), ou no máximo 20 x 20cm, e faça furos de ½ polegada para colocar as porcas agarras. Eu recomendo que você empilhe 5 ou 6 chapas e com uma broca chata de ½” fure todas de uma vez, além de economizar tempo, evita que a madeira lasque na parte de baixo.

O lado que você furou é o da frente da parede (melhor acabamento), o lado de trás é o que vai as porcas agarras.

Bata as porcas agarras com a chapa ainda deitada no chão. Se você deixar para bater a porca agarra com a chapa já na parede, além do barulho ensurdecedor elas não ficarão tão bem presas.

Furando, com uma broca de 1/2", as chapas de compensado para instalação das porcas agarras.

Furando, com uma broca de 1/2″, as chapas de compensado para instalação das porcas agarras. Use preferencialmente uma broca chata de 1/2″ para furar uma quantidade maior de chapas simultaneamente.

Pedaços menores, acabamentos de arestas e peças triangulares você talvez tenha que furar e bater as porcas agarras só depois de instaladas no lugar, para que você visualize melhor as posições ideais dos furos. Ao furar sempre preste atenção para evitar a estrutura que está por trás.

Porcas agarras que ficam em cima da estrutura acabam sendo inutilizadas pois o parafuso não tem espaço para penetrar na porca, e também fica impossível de fazer uma manutenção, caso essa porca agarra espane.

As porcas agarras de 3/8" devem ser batidas no lado mais "lascado" da chapa, mantendo a face em melhor estado sempre pra frente.

As porcas agarras de 3/8″ devem ser batidas no lado mais “lascado” da chapa, mantendo a face em melhor estado sempre pra frente.

Uma vez com a estrutura pronta e porcas agarras batidas, basta fixar as chapas com parafusos de rosca soberba na madeira, ou rebites de 3/16 no ferro. Parafusos de 5/16 de cabeça francesa também podem ser usados, só que dá muito mais trabalho.

Momento da instalação da chapa na estrutura, já furada e com porcas agarras instaladas. Fixar na estrutura com parafusos de rosca soberba no mínimo a cada 30cm por todo o perímetro da chapa.

Momento da instalação da chapa na estrutura, já furada e com porcas agarras instaladas. Fixar na estrutura com parafusos de rosca soberba no mínimo a cada 30cm por todo o perímetro da chapa.

5º passo – Acabamento.

O acabamento depende muito da sua necessidade ou capricho. As frestas entre chapas podem ser fechadas com massa plástica, dessas de funilaria para automóveis; bem mais caro e difícil de trabalhar. Ou você pode juntar toda a serragem produzida e misturar com cola branca. Uma vez com essa pasta de serragem e cola, basta aplicar com uma espátula nas frestas entre as chapas; muito mais barato porém demorado para secar.

Só lixe depois de bem seco!

Com a parede já devidamente envernizada faça a instalação das agarras. Quanto mais agarras melhor.

Com a parede já devidamente envernizada faça a instalação das agarras. Quanto mais agarras melhor.

Uma vez tudo pronto, lixado e arestas arredondadas, basta pintar ou envernizar, de acordo com sua preferência.

6º passo – Colocando as agarras!

Depois de dias serrando, soldando, parafusando, furando e pintando eu sei que você está louco para colocar as primeiras agarras. É muito comum sair colocando agarras a esmo e quando você menos espera elas já acabaram.

Você acaba usando agarras boas de mão onde não deve, ou não coloca os pés nos lugares importantes. Então pense bem na sua estratégia de treino, onde pretende acrescentar novas agarras no futuro, etc. Se você tem poucas agarras, é melhor concentrar todas num único pedaço, do que espalhar na parede toda e depois perceber que sua parede está limitada a 5 movimentos e você precisa ter um braço de 2,30m para alcançar a próxima!

Muita atenção com a segurança, quanto mais alta sua parede mais você gastará com colchões!

Muita atenção com a segurança, quanto mais alta sua parede mais você gastará com colchões! Peça ao seu cachorro, ou amigo para fazer a segurança de corpo!

SEGURANÇA! Junte uns colchões velhos e convide seus amigos para a “segurança de corpo”, lembre-se que para virar ou quebrar um pé basta uma queda de mal jeito de 50cm!

O meu BOULDER

Minha necessidade era de uma parede simples, que ocupasse pouco espaço na garagem e que interferisse pouco visualmente, mas que fosse eficaz no treino. Por isso optei por um plano único de 20º de inclinação negativa, ideal para realizar séries de puxadas, blocadas, etc. A estrutura foi montada em madeira no padrão do telhado, o que garantiu continuidade e facilidade na montagem da estrutura.

Tempo de montagem, sábado e domingo. Acho que montaria em apenas um dia se não fosse o excesso de ajuda dos meus filhos e cachorra!

Material gasto:

-        2 Chapas de madeira “virola” 18mm. – R$180,00

-        Estrutura – 2 vigas de madeira 15x5cm e 5 caibros 5x5cm – R$227,00

-        250 Porcas agarras de 3/8” – R$170,00

-        Parafusos soberbos – R$30,00

-        Material p/ acabamento em verniz – R$120,00

Custo total da parede (sem agarras) – R$727,00

Bom, agora é só colocar as agarras usando parafusos de 3/8” com cabeça Allen. Parafusos de cabeça sextavada são realmente mais baratos só que não funcionam na grande maioria das agarras. Alguns poucos fabricantes nacionais ainda deixam aquele buracão na resina para que caiba a chave de boca, mas são a exceção. As agarras importadas só com parafusos Allen.

O comprimento dos parafusos pode variar desde pouco mais de 1” até 7” para prender uns agarrões gigantes. Se você tá com o dinheiro contato, o jeito é medir a profundidade do furo de cada agarra e comprar tudo contadinho, sempre deixando uma meia dúzia de reserva de cada tamanho.

Mas antes de sair comprando o material, lembre-se que parede em casa é uma questão de necessidade. Se não tiver academia na sua cidade, se você não tem tempo ou condições de pagar um ginásio, se você mora longe, ok. Mas não ache que você vai se divertir horrores na parede, pois acaba sendo chato treinar sozinho, sem os amigos para pilhar ou bolar lances e desafios diferentes.

Escalar também é social, portanto pense duas vezes antes de empatar um dinheirão na sua parede! Depois de pronta vira um elefante branco em casa, e você não aproveita como imaginava.

E não pense que estou dizendo isso porquê tenho a Casa de Pedra não, minha colocação é fruto de muitos anos de experiência e observação. Imagine quantas esteiras e bikes ergométricas não estão empoeirando nas casas das pessoas. Uma parede de escalada mal acabada ou com poucas agarras, acaba servindo apenas como peça anti-decoração!

Videozinho da montagem… Enjoy!!!

Ainda tem dúvidas? Me escreva…

Bom treino,

Alê Silva.


Casa de Pedra disponibiliza o DRY-TOOLING para seus alunos.

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Cristiano Baran testando os novos brinquedos na Casa de Pedra.

Cristiano Baran testando os novos brinquedos na Casa de Pedra. Foto: Fernando Lessa

DRY TOOLING – Uso de piquetas e crampons (Tooling) para escalada, onde não há presença de gelo (Dry).

A evolução do “dry tooling” moderno começou na década de 90 com o alpinista britânico Stevie Haston na Itália, assim como Jeff Lowe no Canadá e Estados Unidos. Vias mistas de Gelo e Rocha como: “Welcome to The Machine” e “Octopussy” M8, marcaram a elevação do grau de dificuldade destas vias.

Inicialmente o “dry tooling” era usado para começar vias onde o gelo não tocava o chão. Nas vias mistas o “dry tooling” também é usado para superar trechos onde não há presença de gelo; desta forma, munidos de piquetas e crampons, o escalador utiliza destas ferramentas para progredir em terreno rochoso.

Indoor Dry Tooling – Escalada em ambiente artificial (Indoor) utilizando as ferramentas (Tools) da escalada em gelo.

Marco Nalon fazendo o Dry Tooling na Casa de Pedra.

Marco Nalon fazendo o Dry Tooling na Casa de Pedra. Foto: Fernando Lessa

Escalar as paredes de uma academia utilizando piquetas para escalada em gelo já vem sendo praticado há muitos anos como forma de criar, manter ou aprimorar as técnicas e resistência física específicas para esta modalidade. No entanto a utilização destes instrumentos cortantes e pontiagudos, sempre foram um entrave, pois além de machucar o próprio usuário, estragam a parede e agarras inviabilizando esta prática no ambiente indoor.

Apaixonado pela escalada em todas suas formas, desde a inauguração da Casa de Pedra em 1998, sempre busquei uma alternativa para que pudéssemos treinar a modalidade.

Algumas academias na Europa e Japão possuem verdadeiras câmaras frigoríficas verticais com paredes de gelo real, mas obviamente sem a menor condição de tornar-se viável em terras brasileiras.

Visitando então a feira Outdoor Retailler por volta de 2004 presenciei o lançamento de placas de uma espécie de espuma de poliuretano com uma densidade específica que podia-se cravar as piquetas e crampons e evoluir pela parede. Cheguei na época a escalar numa parede de testes na feira, mas o alto custo das placas, novamente inviabilizou qualquer tentativa de criar aqui no Brasil uma parede para a modalidade.

Até que este ano, vagando pela internet, encontrei a Furnace Industries, uma empresa americana sediada em Nova Iorque que recentemente colocou no mercado o moderno “Dry Ice” tools.

Desta forma entrei em contato com o fabricante e aproveitando uma viagem que realizei para Nova Iorque, trouxe recentemente 3 pares para testes na Casa de Pedra.

O “Dry Ice” funciona basicamente como uma piqueta de escalada em gelo, porém no lugar da ponta metálica, possui uma alça de borracha dura que “abraça” as agarras da parede. A movimentação e a mecânica da escalada é muito similar à da escalada mista ou gelo, porém sem os riscos de se machucar com as pontas metálicas das piquetas, de furar a parede ou derrubar as piquetas sobre outros escaladores.

Quais são as vantagens do “Dry Tooling”?

Com o “dry tooling” você poderá aprimorar sua técnica e resistência para a prática da escalada em gelo ou mista. A modalidade também visa o fortalecimento da “pegada” nas “piquetas”, bem como aumento da resistência e potência dos membros superiores em travamentos e puxadas longas típicas da escalada em gelo.

Quem pode praticar o “Dry Tooling”?

Independente de você já ter ou não escalado em gelo, qualquer um pode praticar o “dry tooling” para aprimorar sua técnica e resistência, ou apenas experimentar essa nova sensação de escalar de uma forma diferente e igualmente divertida.

O lançamento oficial do DRY TOOLING na Casa de Pedra foi feito nesta última segunda feira 25/11 com a presença de alunos e convidados que tiveram a oportunidade de experimentar as piquetas DRY-ICE.

“Subir com o Dry-Ice é um treino muito mais forte do que usar piqueta no gelo, pois a força fica concentrada nos braços (no gelo você tem a ajuda dos crampons fincados, para equilibrar). Eu não consegui chegar no final de uma via, pegando em todas as agarras! Nunca tinha ficado tão tijolada. Acho que o pessoal vai viciar quando descobrir a potência desse treino!”  (Marilin Novak)

“A primeira impressão que voce tem é que vai ser fácil mas logo nos primeiros movimentos voce descobre que vai tijolar mais do que escalando, e que o posicionamento do corpo e pés também tem que ser ajustado ao equipamento” (Marco Nalon)

 “Num primeiro momento, temos a impressão que a escalada será simples, apenas laçando as agarras de qualquer jeito; porém a escalada mostrou-se extremamente técnica, exigindo bastante posicionamento corporal e diversas trocas de mãos nas piquetas, fazendo a escalada um grande jogo de estratégia”. (Alê Silva)

“Fui só para dar uma olhada e acabei experimentando… De tênis mesmo. Foi super divertido! Ultra tijolante e, ao mesmo tempo, delicado exigente em equilíbrio e atenção. Adorei!” (Rosita Belinky)

Os piolets “Dry Ice” estarão disponíveis na Casa de Pedra a partir do dia 02/12.

Boas escaladas,

Alê Silva.

Alê Silva com os DRY ICE.

Alê Silva com os DRY ICE. Foto: Fernando Lessa


Muros de Escalada no Brasil

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“Boa tarde Casa de Pedra, me chamo “Fulano” e dei uma olhada no site ae da academia. Muito loco rapá, parabéns pelo belíssimo lugar, com certeza se morasse em São Paulo eu ia fazer escalagem aí na sua estrutura. Mas sou de Porto Velho e tô procurando uns muro por aqui, vocês podem me passá o endereço?

Valeu ae pela força!”

Casa de Pedra em São Paulo. Photo: Fernando Lessa.

Casa de Pedra em São Paulo. Photo: Fernando Lessa.

Acreditem se quiser, mas recebo pelos menos um desses por semana e que me diz algumas coisas:

  • A primeira é que escalador é meio/totalmente cara de pau. O cara manda email pra Casa de Pedra pra perguntar se eu conheço outros ginásio! Rs rs
  • Segundo e muito bom, é que pelo menos a relevância da Casa de Pedra como referência na escalada indoor é muito forte, o que me deixa muito feliz depois de tantos anos investindo neste esporte.
  • Terceiro, que a procura por escalada está crescendo no país todo.
  • E por último e mais engraçado é que o cara nunca pergunta se tem ginásio na cidade dele, mas vai direto pedindo o endereço! Pô, se tivesse um ginásio em cada capital já estava bom de mais!

Pois bem, estes e-mails me motivaram a criar uma lista nacional dos muros de escalada. Não que eu seja de todo bonzinho, mas se é pra perder tempo respondendo onde tem muro, fica bem mais fácil passar o link com a lista pronta, não é mesmo?

Realizei a pesquisa através do Facebook neste último mês. Claro que a lista pode conter diversos erros e por isso peço ajuda para que aos poucos ela vá se aprimorando. Como você pode ler no próprio link, envie informações para o email: contato@casadepedra.com.br se você encontrar:

  • Erro na grafia dos nomes.
  • Alterações de telefone, e-mails, endereços na WEB.
  • Informações erradas quanto ao tipo de uso, público, privado.
  • Alteração do contato de proprietários.
  • Qualquer outra informação que você achar pertinente.
  • Informações FALSAS.
  • Outros muros que não estão na lista.

Espero ter ajudado você que não mora em São Paulo e está em busca de um murinho para treinar. Agora se você mora aqui na capital, venha escalar conosco!

CONFIRA AQUI A LISTA COMPLETA DE MUROS PELO BRASIL

Boas escaladas!

Alê Silva.


Os “ERROS BOBOS” na escalada indoor.

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toprope04Para quem não percebeu, o título deste artigo é propositalmente uma ironia; não existe erro bobo!

Erro é erro, e as consequências podem ser as mais graves possíveis ou mesmo a morte. Sim, pessoas morrem escalando em academias.

Nosso primeiro erro é achar que escalador só morre lá no Everest, ou escalando uma torre na patagônia, no Fitz Roi! Errado!!! Infelizmente escaladores morrem todos os anos escalando em academias pelo mundo. Basta uma rápida busca no google e começam a aparecer os casos.

E acreditem, em nenhum deles simplesmente a corda estourou ou a chapeleta saiu voando da parede, todos foram “erros bobos”.

Já cansei de escrever artigos sobre segurança e até ouvir (ou ler nos comentários) gente dizendo: “mas também, aí o cara pediu né”.

Não, o cara não pediu meu amigo. Ninguém pediu pra cair, ninguém quer se machucar, ninguém foi se divertir numa tarde de sábado na academia e quis terminar o dia numa mesa de operações colocando uma placa na bacia!

Se nosso primeito erro é achar que os acidentes só acontecem no Fitz Roi, o segundo é julgar o acidente dos outros como banais ou bobos, e achar que você não cometerá o mesmo.

E é por isso que pela primeira vez em todos esses anos, resolvi aqui, tentar descrever de forma simples alguns desses “erros bobos” que por muita sorte não terminaram de forma ainda mais trágica.

Como os “erros bobos” são muitos, hoje vou escrever somente sobre os erros em TOP ROPE (corda de cima).

1- Não se clipar à corda.

  • O escalador começa a escalada sem clipar o mosquetão do Top Rope à cadeirinha. Ele mesmo ou o segurador percebe o erro a tempo de desescalar ao chão em segurança.
  • O escalador realiza a escalada sem clipar o mosquetão do Top Rope à cadeirinha. Um instrutor ou colega percebe o erro e leva a ponta da corda até o escalador e clipa o mosquetão à cadeirinha que então é baixado em segurança.

Nos dois casos, você pode pensar, como assim o cara escala sem clicar o mosquetão na cadeirinha? Simples, você está batendo papo, recebe uma ligação no celular e ao terminar simplesmente começa a escalar achando que já o fez antes de atender ao telefone.

2- Não clipar o Freio à cadeirinha.

  • O segurador não clipa o mosquetão com o freio à sua cadeirinha. Já passamos por algumas situações do segurador retesando a corda segurando o freio apenas na mão. Todas felizmente corrigidas a tempo.

3- O segurador não puxa (retesa) a corda.

  • O escalador realiza a escalada porém o segurador apenas observa mas não puxa a corda. O próprio escalador percebe o erro ou alguém ao lado percebe e faz o alerta, então puxa-se rapidamente a corda até tirar toda a barriga de corda.

Essa situação é muito mais comum do que vocês podem pensar. Apesar de mais comum entre usuários esporádicos de fim de semana, já tivemos situações com escaladores experientes, que preocupados em passar dicas sobre um lance ou posicionamento na parede para o parceiro, acabaram “esquecendo” de retesar a corda.

Karina Oliani e Daniele Balhes escalando em TOP ROPE na Casa de Pedra.

Karina Oliani e Daniele Balhes escalando em TOP ROPE na Casa de Pedra.

4- Clipar o Mosquetão do Top Rope na alça “porta equipamentos”.

Este erro que numa primeira análise pode parecer um absurdo, acontece nas melhores famílias por pura falta de atenção, dada toda a descontração característica do ambiente de uma academia. Felizmente em nenhuma das vezes o desdobramento foi grave porquê:

  • O escalador percebeu o erro logo depois de começar a escalada, desceu e corrigiu.
  • O escalador sentou na corda logo no início da via e percebeu o erro.
  • O escalador não percebeu o erro, porém um instrutor ou outro escalador percebeu o erro e fez o alerta. Algumas vezes o escalador conseguiu descer desescalando, conseguiu mudar o mosquetão para o loop correto ou alguém na corda ao lado arrumou ou levou uma segunda corda de “salvamento”.
  • O escalador não percebeu o erro, sentou na corda ao fim da via, porém a alça de equipamentos aguentou o peso e felizmente não arrebentou. O escalador agarrou à corda durante a decida o que diminuiu o esforço na alça de equipamentos.

5- Clipar o Mosquetão do Top Rope no Cordelete ou Fita do saco de magnésio.

  • O escalador clipou o mosquetão no cordelete que amarrava o saco de magnésio à cintura. Apesar de ninguém perceber o erro, ao sentar na corda o cordelete aguentou o peso do escalador, que imediatamente também segurou com as duas mãos na corda e foi baixado até o chão.
  • O escalador clipou o mosquetão na fita do saco de magésio (com fivela plástica). Logo no começo da escalada quando o segurador retesou a corda a fita plástica se abriu e o escalador desceu da via.
  • O escalador clipou o mosquetão na fita (com fivela plástica) do saco de magnésio, escalou quase até o fim da parede e ao sentar na corda a fivela plástica estourou e o escalador caiu. #acidente

#acidente – Este foi o único acidente realmente grave até hoje na Casa de Pedra, o escalador quebrou o tornozelo, perna e bacia, passou por diversas cirurgias porém, dentro do possível, está bem hoje.

Este caso especificamente nos fez mudar o sistema de segurança dos TOP ROPE do ginásio, adicionado mais um mosquetão (com gatilhos em direções opostas) em todas as cordas.

Nossa linha de raciocínio para evitar um erro da mesma natureza, foi a seguinte: por distração o escalador pode até clipar sem perceber, um mosquetão na fita do saco de magnésio. Mas clipar de forma redundante, dois mosquetões, ainda mais com gatilhos em direções opostas, seria praticamente impossível.

Para nossa surpresa, pouco mais de um ano depois dessa mudança de procedimento, na semana passada um outro escalador clipou os dois mosquetões na fita do saco de magnésio e o erro só foi percebido por um de nossos instrutores quando este já estava a mais de 2/3 da parede. Felizmente o escalador manteve a calma e ele mesmo conseguiu consertar o erro e descer em segurança ao chão.

Dois mosquetões de trava com gatilhos para lados opostos equipam os TOP ROPES da Casa de Pedra.

Dois mosquetões de trava com gatilhos para lados opostos equipam os TOP ROPES da Casa de Pedra.

Infelizmente escalada e acidentes seguirão sempre de mãos dadas, seja na montanha ou na academia.

Neste caso, não há como instalar um terceiro mosquetão no sistema. Por mais treinados e atentos que nossos instrutores estejam, nem sempre perceberemos todos os erros a tempo.

Todos nós passamos por dias ruins. Dias de cabeça cheia, dias com mais preocupações, com uma reunião importante no dia seguinte, uma prova de fim de curso. Ou memo dias de extrema felicidade também, uma namorada nova, um emprego novo, o dia que você passou na faculdade.

E acredite em mim, ninguém quer terminar um desses dias no hospital. Ninguém comete “erros bobos”, mas sim simplesmente erros.

Erros acontecem todos os dias, cabe a nós minimiza-los.

Manter a segurança é nosso dever. Checar a segurança é sua obrigação.

Não vire estatística, cheque seu equipamento e o do seu parceiro a cada escalada… Por mais bobo que isso pareça!

Escale seguro! Boa escalada a todos,

Alê Silva.



Campeonato Paulista de Boulder 2019

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O Campeonato Paulista de Boulder 2019 – Etapa Casa de Pedra Moema acontece em formato “FESTIVAL”, onde todos os atletas participam em categoria única, escalando livremente das 9:30 às 13:00hs.

A partir das 17:00hs. os 8 atletas, masculinos e femininos, melhores pontuados no período da manhã, realizarão a etapa final.

Além de prêmios para os 3 primeiros colocados de cada sexo, alguns brindes serão sorteados aos participantes.

Camisetas do evento acompanham todas as inscrições. ATENÇÃO: Inscrições realizadas na última semana, estão sujeitas a indisponibilidade de camisetas e/ou numeração adequada.

PARA INSCRIÇÃO, NÃO É NECESSÁRIO SER FILIADO À ABEE.

INSCREVA-SE AQUI!

REALIZAÇÃO – CASA DE PEDRA

APOIO – THE NORTH FACE     SBI OUTDOOR    OSPREY

HOMOLOGADO POR –  ABEE

WWW.CASADEPEDRA.COM.BR

Campeonato Paulista de Boulder 2019

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Campeonato Paulista de Boulder 2019 . Carol Coelho . IMG_8379Aconteceu neste último sábado 5 de outubro, o Campeonato Paulista de Boulder 2019 na Casa de Pedra unidade Moema.

O evento que contou com um recorde de 135 inscritos, nos obrigou a dividir a etapa classificatória em dois grandes grupos, um às 8:30 e outro às 12:00. Esta etapa aconteceu no formato de “Festival”, ou seja, foram montados pouco mais de 30 boulders por todo o ginásio e os atletas precisavam somar pontos para irem às finais. 

Nesta etapa não há isolamento, nem ordem de escalada. Cada atleta munido de uma ficha de pontuação, escolhe em quais boulders quer entrar e monta sua própria estratégia.

Após o período de 3 horas, os melhores 6 resultados de cada atleta foram somados classificando 8 homens e 8 mulheres para as finais.

Após um intervalo técnico, às 18:30 os  finalistas voltaram ao ginásio para a escalada de mais 4 boulders inéditos. Nesta etapa os atletas ficam isolados e são chamados um a um, para que não observem a escalada dos demais.

Campeonato Paulista de Boulder 2019 . Carol Coelho . IMG_9374Com grande presença de público e muita torcida, cada um dos atletas deu um show, fechando com maestria mais esse grande evento que marcou a volta de competições estaduais em São Paulo.

No masculino, Felipe Ho ficou com a primeira colocação, seguido de Samuel Silva e Renan Denardo.

No feminino, Lais Akamine subiu no lugar mais alto do pódio seguida por Paloma Cardoso e Tamires Ribeiro.

O resultado final da competição é o que segue:

MASCULINO

1

Felipe Ho Foganholo

4 Tops / 7 Tentativas

4 Bônus / 6 Tentativas

2

Samuel Silva

4 Tops / 12 Tentativas

4 Bônus / 11 Tentativas

3

Renan Denardo

3 Tops / 7 Tentativas

4 Bônus / 12 Tentativas

4

Gabriel Mariutti

3 Tops / 7 Tentativas

3 Bônus / 4 Tentativas

5

Mateus Rodrigues Bellotto

2 Tops / 3 Tentativas

3 Bônus / 7 Tentativas

6

André Maeoka Fonseca Fernandes

2 Tops / 3 Tentativas

3 Bônus / 10 Tentativas

7

Stefano Fiocca

2 Tops / 3 Tentativas

2 Bônus / 2 Tentativas

8

Victor Gomes

1 Top / 2 Tentativas

2 Bônus / 3 Tentativas

FEMININO

1

Lais Naomi Akamine

1 Top / 3 Tentativas

2 Bônus / 4 Tentativas

2

Paloma F M Cardoso

1 Top / 4 Tentativas

2 Bônus / 5 Tentativas

3

Tamires Ribeiro Lourenço

0 Tops / 0 Tentativas

2 Bônus / 3 Tentativas

4

Natasha Schlindwein Sarraceni

0 Tops / 0 Tentativas

1 Bônus / 1 Tentativa

5

Ana Luisa Makino

0 Tops / 0 Tentativas

1 Bônus / 1 Tentativa

6

Luisa Negrão

0 Tops / 0 Tentativas

1 Bônus / 1 Tentativa

7

Daniele Tellini Mello

0 Tops / 0 Tentativas

0 Bônus / 0 Tentativas

8

Thais Makino

Confira o RESULTADO COMPLETO AQUI

E pra quem estava carente de campeonatos, pelo que entendi foram mais de 10 anos sem competições estaduais em São Paulo, este foi muito bem registrado , então vale lembrar que:

  • É proibido usar as fotos para publicidade de qualquer tipo, apenas uso pessoal e divulgação dos atletas e evento.
  • É proibido recortar, modificar, colocar filtros ou remover a assinatura da imagem.
  • É obrigatório POR LEI dar o crédito do fotógrafo correspondente.

Não poderia deixar de agradecer toda a equipe da Casa de Pedra, a equipe de Route Setters, Juízes, Fiscais e demais voluntários que fizeram o show acontecer! E obviamente parabenizar a todos os participantes! Que venha 2020 com muito mais!

Boa escalada a todos,   Alê Silva.

Agradecimentos:

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Etapa CLASSIFICATÓRIA (Festival) por CAROL COELHO

 

Etapa FINAL por CAROL COELHO

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